O Problema das Três Nações
O mundo está entrando em um Problema de Três Nações, e uma destas nações não é como as outras.
Prezada Nação Bankless,
Existem dois tipos de nações no mundo hoje. A nação fiduciária e a nação do vale do silício. Ambas são dependentes do mesmo modelo: extrair recursos de seus constituintes para aumentar seu domínio.
Mas um novo player entrou no jogo: a nação digital
Ethereum e Bitcoin são duas nações digitais que oferecem uma alternativa. Uma alternativa minimamente extrativista equipada com uma economia nascente de ferramentas financeiras e de identidade para indivíduos autossoberanos.
Nações sem fronteiras que existem fora do âmbito das outras duas nações.
Mas há um problema de três pontas. Os sistemas estelares triplos não duram. Eles colapsam em sistemas binários. E as três nações eventualmente se tornarão duas.
Como isso vai acontecer?
Quem vai sobreviver?
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O Problema das Três Nações
Estados-nações, Monopólios de Tecnologia e Nações Digitais.
Estes são os jogadores. Três tipos diferentes de Nações, todas concorrendo pelo mesmo recurso escasso: pessoas.
O Século XX foi definido por uma série sangrenta de guerras ideológicas, centradas em torno de visões competidoras por arquiteturas de estados-nações. Deste século brutal e sangrento, surgiu um único vitorioso: liberalismo clássico e economias de livre mercado.
O caos virou a ordem, e o mundo entrou nas décadas mais prósperas e progressivas da história documentada. Com a pergunta de “quais valores constroem melhor uma nação?” respondida, a humanidade estava livre para construir, inovar e progredir. A globalização e a troca livre costuraram o mundo em uma sociedade global mais coerente, e inovações rápidas na tecnologia produziram novos produtos que redefiniram a experiência humana.
A estabilidade dos últimos 50 anos permitiu o nascimento de tecnologias que viriam a ameaçar a ordem mundial. Novas tecnologias e organizações surgiram deste período progressivo, que são incompatíveis com o mundo que as criou.
Os gigantes da Web2 do Vale do Silício têm domínios na internet desenhados para capturar e arrastar pessoas ao seu controle. A encriptação homomórfica rebaixa aqueles no poder, e permite segredos e privacidade a aqueles no fundo. Criptomoedas invalidam o conceito de dinheiro do estado, e limita a habilidade do estado de entender onde todo o dinheiro está e coletar impostos nele. Armas impressas em 3D desafiam o monopólio do estado na violência.
Como resultado da ascensão de tecnologias subversivas, o Estado-Nação está sob nova pressão para reter o nível de controle sobre seu eleitorado. Esta luta começou em uma quinta, 31 de Julho de 2020, quando os 4 líderes dois maiores gigantes tecnológicos do mundo foram chamados ao Congresso Americano para uma sessão em torno do tópico de monopólios e leis antitruste.
Para mim, isto marca o começo do que virá a definir as próximas décadas da história mundial.
Os gigantes da tecnologia do Vale do Silício não são mais corporações. Em vez disso, a Apple, o Facebook, o Google e a Amazon são Nações-Internet, focadas na captura e comoditização da sua constituência; uma atividade antigamente exclusiva dos Estados-Nações.
Os gigantes do Vale do Silício, com escritórios físicos e pessoas reais, é o exemplo mais fácil quando o assunto é tecnologias que intrometem no poder dos estados-nações. E são um primeiro alvo fácil para os estados-nações perseguirem.
O Estado-Nação, sob o véu de antitruste e proteção ao consumidor, trabalhará para reduzir o poder destas novas Nações do Vale do Silício, seja as fraturando ou absorvendo.
A Roda
A história não começa aqui. Vamos voltar mais no tempo, e acharemos a mesma história se desenrolar no Século XIX também.
No fim dos anos 1800, Nietzsche proclamou “Deus está morto!”. Nietzsche era ateu e não queria dizer que havia um Deus que realmente morreu, mas que a nossa ideia de um deus havia morrido. Após o Iluminismo, a ideia de um universo governado por leis físicas e não por providência divina agora era realidade. A filosofia mostrou que governos não precisavam mais ser organizados em torno da ideia do direito divino a ser legítimo, mas pelo consenso ou racionalidade dos governados – que teorias morais grandes e consistentes poderiam existir sem referência a Deus. A Europa não precisava mais de Deus como a fonte de toda a moralidade, valor ou ordem no universo; a filosofia e a ciência eram capazes de fazer isto para nós.
“Deus está morto!” não era exatamente uma proclamação, e sim um aviso. Nietzsche avisou que se a humanidade não se organizasse mais em torno de Deus, então deveríamos achar algo diferente e novo para nos organizarmos, ou o caos consumiria o mundo. Sem a religião, a estrutura da sociedade desabaria, e reconstruí-la seria um processo longo cheio de debates e conflitos.
Foi exatamente isto que aconteceu. A religião, a principal força organizadora do povo, foi rebaixada à história sem um sucessor viável para oferecer um esquema alternativo em boas condições de organização para manter o povo mundial estável e coerente. O mundo, sem qualquer substrato organizacional, caiu no século mais brutal e sangrento da história humana.
Do caos, surgiu a ordem mundial que conhecemos hoje. Estados-Nações democráticos que exaltam os valores do liberalismo clássico. Porém, desta estabilidade surgem tecnologias que podem perturbar esta ordem mundial.
Gigantes Tecnológicos Também São Nações
Em um artigo anterior "Uma Nação Bankless", expandimos a definição padrão de uma 'nação' para incluir mais os diferentes esquemas organizacionais.
[…] uma nação é um esquema organizacional que humanos usam para se orientar no mundo ao seu redor. Nações são sistemas que humanos usam como plataforma para suas atividades diárias; eles criam a estrutura para os componentes que as compõem. Não somente, muitas nações surgiram e se foram com a passagem do tempo, mas muitos tipos diferentes de nações apareceram, amadureceram, envelheceram, e eventualmente morreram para que novas nações tomassem seus lugares.
Nações têm três componentes:
Um grupo interno definido (uma constituência)
Negócios que providenciam e apoiam a constituência
Regras e regulamentos dizendo como se comportar (leis)
Estes três requisitos existem como meios para um fim, que é produzir uma economia. O padrão básico da formação de uma nação é o seguinte:
Uma nação é formada e suas regras são escritas.
Usando as regras da nação como guias, o povo de uma nação vai pra frente e cria negócios para poder se sustentar.
A nação cobra impostos de tudo para poder se sustentar.
Isto era verdade para religiões organizadas e estados-nações, e também é o padrão que define os gigantes tecnológicos do Vale do Silício.
Perfil do Facebook. Amazon Prime. iPhone. Gmail.
Estes são seus passaportes para as respectivas Nações do Vale do Silício.
Suas contas no iPhone e iCloud são como você se define para a Nação Apple, e são como a Apple sabe quem você é como indivíduo. Seu passaporte da Amazon Prime permite que a Amazon saiba de quais produtos você gosta, para que possa lhe vender o melhor, e receber suas taxas. Sua conta do Gmail e a opção de ‘entrar com o Google’ são o Império do Google, alcançando todo site onde dá pra ‘entrar com o Google’ e extraindo os dados encontrados lá para poder entender melhor sua constituência. Seu perfil do Facebook é sua história autogravada e seu gráfico social; o Facebook sabe quem você é, quais são seus interesses e quem são seus amigos.
Enquanto isto, o censo dos Estados Unidos é conduzido por trabalhadores de porta em porta, oferecendo poucos incentivos para qualquer um que participe. Os esforços feitos pelos EUA para coletar os mesmos dados que o Vale do Silício são fúteis.
Com esta inveja e ressentimento, os Estados Unidos convocaram os quatro líderes das Nações do Vale do Silício para responder a: como suas “empresas” ameaçam a competição e a economia do livre mercado sagrada pelo stado-nação.
A concorrência e os livres mercados dentro de estados-nações são bons para o povo, pois protegem empreendedores e indivíduos da natureza forçada de monopólios. Os incentivos do cidadão individual de um estado-nação se alinham com o governo de um estado-nação, pois nenhum quer um triângulo amoroso com um monopólio que taxa os cidadãos e ameaça o governo.
Mas incentivos alinhados não significam os mesmos incentivos. O estado-nação é ameaçado por monopólios porque monopólios ameaçam o monopólio dos estados-nações sobre sua constituência! Da perspectiva de um estado-nação, um monopólio crescendo dentro de suas fronteiras é um câncer a ser retirado, senão aquele câncer se espalhará pelo corpo inteiro, e irá extrair os recursos do corpo para si mesmo, ao custo do organismo como um todo. (também escrevi uma passagem comparando a Nação a um organismo em Uma Nação Bankless)
O Estado-Nação e as Nações do Vale do Silício dependem do mesmo modelo: extrair recursos de sua constituência para poder aumentar seu domínio. Os impostos do estado-nação e da Nação do Vale do Silício ‘pegam uma fatia’; no fim do dia, são a mesma coisa, e nenhuma torta tem fatias infinitas.
Além disto, o estado-nação precisa da capacidade das Nações do Vale do Silício se quiser se defender contra tecnologias subversivas futuras como mensagens encriptadas, criptomoedas, e impressão em 3D. Para reter sua habilidade de controlar sua constituência, o estado-nação terá que trazer as Nações do Vale do Silício à sua área.
O calcanhar de Aquiles
O Estado-nação sempre terá uma vantagem sobre as nações do Vale do Silício. As nações do Vale do Silício não são totalmente digitais como as Nações Bitcoin e Ethereum.
Eles ainda se baseiam em papel e caneta e, em última análise, respondem ao apelo do Estado-nação.
Foi o Congresso que convocou Jeff Bezos, Tim Cook, Mark Zuckerberg e Sudar Pichai para uma audiência, e não o contrário. No final das contas, AMZN, APPL, FB e GOOGL são todas empresas com ações negociadas nos EUA, com escritórios físicos e pessoas reais. No final do dia, a camada de liquidação global para qualquer coisa que não seja digital é o Exército dos EUA; As nações do Vale do Silício nunca serão capazes de escapar disso.
Google, Amazon, Apple e Facebook não podem simplesmente “escapar para a nuvem”. Eles existem em algum lugar, e isso sempre permitirá que o Estado-nação imponha a obediência.
O Terceiro Corpo
Enquanto as guerras do antitruste se desenrolam, novas nações crescem como grama em um novo plano de existência.
As Nações Digitais: Ethereum e Bitcoin.
Uma Nação Bankless. A sociedade de pessoas que usam as ferramentas financeiras e identitárias construídas em plataformas criptoeconômicas em vez das mesmas ferramentas achadas em seu estado-nação respectivo. A Nação Bankless é a composição de muitos indivíduos que desistiram de guardar sua riqueza dentro do domínio do estado-nação, e preferem guardar dentro das Nações Autosoberanas Digitais do Bitcoin e Ethereum.
Usando fluxos externos de capital, Nações Digitais põem em xeque tantos nos estados-nações quanto nas nações do Vale do Silício. O Bitcoin e sua reserva limitada é uma antítese direta da habilidade e do desejo dos estados-nações a imprimir qualquer quantidade de dinheiro necessária para se sustentar (e bancar o Exército que protege a sua própria existência).
A mera existência do Bitcoin ameaça a habilidade de um estado-nação de extorquir impostos via inflação e confisco.
“E aí, [estado-nação]. Gostei dessa impressora de dinheiro que você tem aí. Seria uma pena se algo, sei lá, a QUEBRASSE.”
Bitcoin, provavelmente
O Ethereum e suas capacidades de Turing-completo oferecem uma plataforma para recriar qualquer produto ou serviço encontrado no mundo físico, mas sem um intermediário extorsivo. Começando com a Av. Faria Lima e o mundo hiperfinancializado, e depois indo para as Nações do Vale do Silício, o Ethereum oferece uma plataforma para construir alternativas a qualquer modelo de negócios que extorque demais de seus usuários.
“E aí, [Nação do Vale do Silício]. Belo mercado que você encurralou aí. Seria uma pena se, sei lá, alguém AUTOMATIZASSE SEU MODELO DE NEGÓCIOS.”
Ethereum, provavelmente
Assim como as Nações antes deles, o poder que permite ao Bitcoin e ao Ethereum fazer estas coisas vem da constituência por trás de toda Nação Digital. Nenhuma nação existe sem uma constituição para mantê-la; Bitcoin e Ethereum não são exceções.
Quanto maior a constituência da nação Bitcoin, maior o preço do BTC, mais líquido o BTC se torna, e maiores são as taxas recebidas pelos mineradores de Bitcoin; três coisas que são estratégias ofensivas e defensivas contra o estado-nação.
Quanto maior a constituência da nação Ethereum, mais clientes há para um protocolo DeFi, e maior é o incentivo a construir um. Quanto mais protocolos DeFi existirem, mais clientes virão, e maior será a atividade econômica no Ethereum. À medida que o Ethereum cresce, também cresce o incentivo para migrar e guardar riqueza dentro do Ethereum, e não dentro do estado-nação.
A liquidez traz mais liquidez, e a economia traz mais economia. Estes fenômenos são o combustível para estas nações digitais, e vêm de como estas Nações Digitais servem ao seu povo em primeiro lugar.
Ao contrário de estados-nações e nações do Vale do Silício, o Bitcoin e o Ethereum são nações opcionais. Você se torna um cidadão da Nação onde você nasceu, e Nações do Vale do Silício te dão produtos e servições tão importantes para viver a vida que você não consegue viver sem eles. Porém, não há nada obrigatório no Bitcoin e no Ethereum. Todos os constituentes destas Nações Digitais estão lá por escolha, e estão felizes com ela (senão já teriam saído!). Estados-Nações e Nações do Vale do Silício não têm defesa contra esta arma não violenta.
“O povo não deveria temer seus governos. O governo deveria temer seu povo.”
- V, V de Vingança
Por fim, as Nações Digitais são construídas pelo povo, para o povo, o que continua a saga de valores liberais clássicos como “a escolha do povo” em como melhor construir uma Nação.
Nações-estados e Nações do Vale do Silício são nações de cima pra baixo. Para estas nações, o poder reside nos poucos, e o controle é imposto em muitos. Algumas centenas de pessoas na capital americana convocaram os quatro líderes das quatro Nações do Vale do Silício e os questionaram sobre como eles tratam sua constituência.
Porém, na Nação Bankless, não há ninguém para convocar e nenhum regulamento a aderir. Na Nação Bankless, o mercado se regula.
O Ethereum oferece uma paisagem para concorrência de livre mercado brutalmente eficiente. Sem autoridades centrais regulatórias para restringir permissões para construir no Ethereum, os protocolos e aplicativos presentes no Ethereum estão sujeitos aos mais brutais climas competitivos.
A concorrência é boa para o cliente, e todas as subnações do Ethereum devem produzir valor suficiente para seus usuários para atrair sua patronagem. Os protocolos do Ethereum são as ferramentas financeiras disponíveis à Nação Bankless como meio de alcançar uma vida melhor para si mesmos.
A Nação Bankless é uma reemergência da Nação dos Muitos. Não há figuras centrais que coordenam seu respectivo mercado. A Nação Bankless é a nação governada pelo livre mercado, não por planejamentos centralizados do topo dos poucos.
Sistemas Estelares Triplos
Sistemas Estelares Triplos são instáveis por natureza. Você nunca encontra um sistema estelar triplo na galáxia, porque se eles se formarem, eles não vão durar muito. Três corpos gravitacionais em uma dança rotatória em volta do outro estão destinados a virar uma dança em dupla, ejetando um dos corpos ao espaço ou com um corpo absorvendo o outro. De qualquer jeito, uma solução de dois corpos é um resultado inevitável.
A dança orbital que três corpos gravitacionais criam juntos é, por natureza, imprevisível e caótica. Mesmo com um entendimento íntimo do estado do sistema, a velocidade, e a massa envolvida, modelos de previsão dos estados futuros do sistema estão destinados à falha crítica. Ao longo do tempo, caos demais leva à possibilidade de prever os resultados a longo prazo de um sistema de três corpos.
Dada as propriedades orbitais quase estáticas (posição instantânea, velocidade e tempo) de um grupo de corpos celestiais, prever suas forças interativas; e consequentemente, prever seus verdadeiros movimentos orbitais para todos os tempos futuros.
Wikipedia em inglês, descrevendo o “problema dos n-corpos”
Eu acredito que o Problema das Três Nações resultará em uma Solução de Dois Corpos, à medida que o estado-nação inevitavelmente absorve as Nações do Vale do Silício mais formalmente em seu domínio. O estado-nação é o Leviathan que absorve tudo, que é responsável por segurar todas as partes do seu domínio para proteger o bem comum. Este Leviathan, porém, se tornou grande demais para respeitar os direitos e liberdades do indivíduo enquanto protege a nação como um todo para o melhor da sua capacidade. Da perspectiva do Leviathan, o que é a perda de algumas células para proteger o corpo inteiro?
A integração do estado-nação e das Nações do Vale do Silício é o caminho adiante com menos fricção. As Nações do Vale do Silício querem ser livres de regulamentos, e estados-nações querem o poder e a influência das Nações do Vale do Silício. Em vez destes dois partidos brigarem e resistirem ao outro, parece mais plausível que eles juntarão forças em vez disto.
China
A China oferece um inimigo comum aos estados-nações e às nações do Vale do Silício. A China, um Leviathan por conta própria, já combinou seu estado-nação e suas nações do Vale do Silício juntas.
É por isto que a ascensão da China é uma ameaça ao resto do mundo.
Seu estado-nação absorveu seu setor tecnológico e o transformou no que é, na prática, uma ferramenta do estado. O Estado-Nação chinês e seus equivalentes ao Vale do Silício, Huawei, WeChat e Alibaba, já são um único corpo unificado.
O governo chinês é uma ameaça ao poder e dominância dos EUA. Enquanto os EUA focaram em defesa física e militar, a China conseguiu passar pelas rachaduras com a tecnologia e os dados. Criando um muro entre a tecnologia ocidental e seus cidadãos, o governo chinês pôde proteger e alimentar seu setor tecnológico para construir um olho que tudo vê, que tem total visibilidade em cada e toda célula do Leviathan Chinês.
Para alcançar o tamanho e capacidade do estado-nação chinês com integração tecnológica, a Nação Americana deverá seguir seu exemplo. Já se passaram os dias do poder por força; estamos nos dias de poder por poder, sabedoria, influência e subversão.
O estado chinês é tudo a que os valores americanos se opõem. Um regime opressor, totalitário que é controlado pelo medo. Para combater esta ameaça, parece provável que os EUA continuarão seu próprio autoritarianismo, como uma resposta tanto à ameaça chinesa, mas também à ameça de tecnologias subversivas descentralizadas de seu próprio povo.
Conclusão
O palco está pronto para a Guerra dos Três Corpos.
As guerras ideológicas do Século XX trouxeram conflitos físicos sanguinários e brutais. Eu não creio que o povo deste mundo tem a capacidade de repetir isto. A globalização trouxe humanização e respeito mútuo, e um desgosto por violência em escalas maiores. A internet permitiu a humanidade comum muito mais do que se existiu no Século XX.
Porém, a habilidade de causar caos não necessita de violência. À medida que a tecnologia avança, o limite para causar danos significativos se abaixa. A inovação por trás de deepfakes, inteligência artificial, e campanhas de fake news democratizam as ferramentas necessárias para perturbação global.
Desde o fim da Segunda Guerra Mundial, a estabilidade definiu a ordem mundial. Esta estabilidade permitiu a criação de grandes estruturas que ajudaram a definir o mundo ao nosso redor e coordenar com nossos companheiros humanos. Porém, agora, esta estrutura se tornou muito rígida e opressora. A ordem deste mundo sufocou a liberdade e limitou a criatividade e a expressão. Os ‘muitos’ se sentem alienados e deixados para trás, e ressentem o fato das estruturas gargântuas que ajudaram a erguer foram construídas para outra pessoa.
Nações Digitais oferecem paisagens férteis para aqueles que se sentem excluídos da prosperidade no sistema existente.
Há pastos mais verdes no mundo livre de bancos, onde a soberania do indivíduo é respeitada, e instituições financeiras extorsivas e agiotas cobradores de aluguel são substituídos por bens públicos e protocolos com extrações mínimas.
O rebaixamento do estado-nação como esquemas organizacionais secundários à estrutura digital oferecida pelas Nações Digitais será um passo importante para unir todos os povos do mundo.
Mão na massa
Considere a dinâmica entre os três Estados-Nações
Levante a bandeira e se junte à Nação Bankless
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Post Original: The Three Nation Problem.
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