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Quem Não tem Cão, Caça com Gato: Como Escalar a Ethereum?
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Quem Não tem Cão, Caça com Gato: Como Escalar a Ethereum?

Solucionando o dilema entre eficiência e poder computacional para confiança de redes Blockchain

Nicole Haddad
and
Bruno Moniz
Dec 8, 2021
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Prezada Nação Bankless,

Entender a filosofia Bankless é um passo importante para a liberdade e auto-soberania. Temos alguns artigos onde exploramos a fundo esse tema, criamos modelos e abstrações para entender o impacto da descentralização no mundo.

Também é necessário entender a fundo a tecnologia que está empoderando a humanidade. Nicole Haddad explica no artigo de hoje as soluções para a escalabilidade de redes blockchain como o Bitcoin e Ethereum.

Gosto da forma que Nicole apresenta de forma objetiva as soluções de segunda camada e esclarece os termos que assustam muitas pessoas como: “Segunda Camada da Blockchain (Layer 2), Sidechains, ZK-Rollups, etc”.

Você sabe qual a solução mais segura? Quais os pontos fortes e fracos de cada Segunda Camada? Quer saber o melhor lugar para proteger seu patrimônio cripto?

Vamos subir de nível!

— BM


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Quem não tem cão, caça com gato: como escalar a Ethereum?

Texto: originalmente publicado na Mercurius Academy.
Autora: Nicole Haddad

Blockchains escaláveis são um desafio, porque elas sacrificam eficiência de armazenagem e poder computacional por altas garantias de confiança. Os usuários podem confiar que as transações que fazem serão válidas no futuro, e desenvolvedores podem confiar que seus códigos estarão sempre disponíveis para a interação de usuários.

Isso é verdadeiro porque dados em blockchain têm níveis enormes de redundância. As transações precisam ser processadas por cada node participante que conserva a blockchain, e a expansão de dados feita por cada transação precisa ser armazenada para sempre. Esse cenário faz com que, hoje, a blockchain mais utilizada para smart contracts, a Ethereum, consiga processar apenas aproximadamente 20 transações por segundo (TPS).

O problema de escalabilidade na rede Ethereum hoje faz com que quanto mais usuários existam na rede, mais lenta e cara ela fica. Essa deterioração no UX1 fez com que novos players entrassem para a competição com novas soluções, como a Binance Smart Chain, Solana e Polkadot. Atualmente, a manutenção da dominância rede Ethereum depende da habilidade da rede de aumentar o  throughput e reduzir as taxas de transação.

O domínio da Ethereum caiu 20% desde o início do ano, atualmente 64,5% do TVL em smart contracts.

A rede Ethereum suporta uma quantidade bastante alta de atividade econômica diariamente, liquidando bilhões de dólares em transações por dia executando dezenas de milhares de dApps em DeFi e NFTs. No entanto, o blockspace da Ethereum é limitado, o que significa que todas essas aplicações competem entre si pelos mesmos recursos - ou seja, em momentos de alto fluxo, a rede fica congestionada. 

Enquanto isso pode ser ótimo para mineradores, que se beneficiam com as altas taxas de transação, por outro lado, para os usuários, uma transação na Uniswap por exemplo pode ultrapassar centenas de dólares, dependendo do congestionamento na rede - ou seja, pode resultar em interações proibitivamente caras.

A receita dos mineradores aumentou 50% em comparação com as altas de 2017

O debate sobre a escalabilidade da rede Ethereum tornou-se uma preocupação pela primeira vez após um evento de grave congestionamento, durante o bull market em 2017, quando os Crypto Kitties e os ICOs causaram um pico altíssimo nas taxas de gás. Atualmente, o congestionamento está ainda mais forte, causado primeiramente pela popularidade de DeFi (em 2020) e, mais recentemente, o Metaverso. Se no bull run de 2017 as taxas se aproximavam de US$5, agora estão beirando US$150.

Taxas de transação como porcentagem do total de receita dos mineradores (BTC e ETH)

Assim, para contornar esse problema, há alguns tipos de soluções de escalabilidade em uma segunda camada da blockchain, cada uma com suas próprias otimizações e trade-offs. Há duas formas principais de melhorar a escalabilidade de uma rede: (i) escalar a Layer 1 (com o modelo de Sharding, por exemplo); e (ii) escalar a rede ao transferir parte do trabalho a outra camada (criação de Layer 2). Este relatório tem como objetivo passar pelas soluções de segunda camada.

Os tipos de soluções de escalabilidade.

Uma solução de segunda camada (Layer 2) é simplesmente outra camada construída em cima da primeira camada (Layer 1), sem requerer nenhuma mudança na Layer 1 - usando apenas os elementos existentes. Além disso, a Layer 2 alavanca a segurança da Layer 1, ao ancorar seu estado na Layer 1.

Existem Diversos Tipos de Soluções:

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Nicole Haddad
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