Como as Stablecoins Tornam o Mundo Melhor
Bancarizando os Desbancarizados em um Sistema Financeiro Quebrado: Parte II
Prezada Nação Bankless,
No artigo de hoje, apresentamos a tradução do artigo How Stablecoins Make the World Better, de autoria de Nick Shaheen, originalmente publicado em Bankless HQ.
Como as Stablecoins Tornam o Mundo Melhor
Bancarizando os Desbancarizados em um Sistema Financeiro Quebrado: Parte II
indústria cripto tem se concentrado intensamente neste ciclo em como deixar sua marca no futuro da internet por meio da criação de novos tokens. Mas, em meio a toda essa agitação do Crypto Twitter, uma revolução silenciosa está em andamento para promover maior acesso financeiro em várias partes do mundo.
Na última vez em que exploramos esse tema, analisei como as stablecoins se tornaram vitais em lugares como Líbano, Nigéria e Turquia — onde os sistemas bancários tradicionais estão falhando e o acesso à infraestrutura financeira é um privilégio, não uma garantia.
Hoje, vamos focar em como essa transformação está, de fato, acontecendo na prática. 👇
Stablecoins como o Novo Sistema Financeiro
As stablecoins não são apenas ativos especulativos – elas são os blocos de construção de um novo sistema financeiro, inclusivo e nativo da internet, e estão lentamente se tornando uma parte maior do ecossistema cripto como um todo.
A ideia é simples: oferecer às pessoas recursos programáveis que elas realmente possam controlar. Mas as implicações disso são enormes. Aqui estão os principais elementos dessa arquitetura emergente:
Pagamentos e Remessas Sem Fronteiras
Os sistemas tradicionais de remessas são lentos e caros — frequentemente cobrando taxas entre 5% e 10% e levando dias para concluir uma transação. Com stablecoins como USDT na rede TRON, os pagamentos internacionais são instantâneos e custam menos de um centavo. Em mercados emergentes, isso vai além da conveniência — é questão de sobrevivência.
% de adoção de criptomoedas no mundo (2022)
Poupança resistente à censura
Em países que enfrentam controle de capitais, inflação ou colapso bancário, as pessoas estão recorrendo às stablecoins para armazenar valor. Carteiras autocustodiadas permitem que qualquer pessoa guarde e proteja seu dinheiro sem depender de terceiros confiáveis.
Microfinanças Movidas a DeFi
As stablecoins são a porta de entrada para o crédito onchain. Protocolos como Aave, Goldfinch e Centrifuge permitem que as pessoas acessem empréstimos, emprestem capital ou utilizem sistemas descentralizados de pontuação de crédito — sem necessidade de uma conta bancária. Há um motivo para o crescimento constante dos protocolos DeFi ao redor do mundo.
Pagamentos Globais de Trabalhos Remotos e Inclusão na Economia Gig
Freelancers em países como Quênia, Venezuela e Filipinas estão cada vez mais sendo pagos em stablecoins. Plataformas como Braintrust e Valora contornam a infraestrutura bancária e oferecem remuneração estável e global.
Juros Onchain
Esse é o verdadeiro desbloqueio. Hoje, as stablecoins são lastreadas por títulos do Tesouro dos EUA, mas a maior parte dos rendimentos fica com os emissores. Com clareza regulatória, as stablecoins poderiam oferecer contas com rendimento de juros a qualquer pessoa com conexão à internet, transformando-se em ferramentas de poupança acessíveis globalmente. Consumidores poderiam ganhar mais de 4%, em vez dos 0,01% oferecidos pelos bancos, e bilhões de pessoas poderiam acessar dólares com rendimento pela primeira vez.
(Para se aprofundar nesse tema, veja a publicação recente do CEO da Coinbase, Brian Armstrong, sobre este tópico).
O Caminho a Seguir
As stablecoins deixaram de ser um enredo secundário — agora são a história principal. Já movimentaram mais de 5,28 trilhões de dólares em valor. Estão sendo usadas por pessoas, não apenas por protocolos. E com recursos como juros onchain no horizonte, estão se tornando rapidamente a base de um novo tipo de sistema bancário.
Para chegarmos lá, precisamos concluir o trabalho:
Permitir juros onchain para stablecoins regulamentadas.
Expandir as rampas de entrada e saída para tornar a conversão com moeda fiduciária mais fluida.
Melhorar a experiência de uso das carteiras para o público geral.
Construir e apoiar os ecossistemas locais que já estão prosperando com essas ferramentas.
O resultado? Um sistema financeiro sem permissões (permissionless), programável e sem fronteiras — construído não na teoria, mas em tempo real, por pessoas reais, resolvendo problemas reais.
Parte III em breve! 🤫