“Token.com é o nosso grande parceiro e está chegando forte no mercado brasileiro. Agora você pode ter uma rentabilidade de até 12% a.a naquela sua poupança que está no banco, e melhor ainda, tudo isso em dólar. Clica no card e não perca esse novo jeito de usar DeFi”.
Prezada Nação Bankless,
O artigo de hoje foi escrito logo após aquele grande ‘burburinho’ na mídia quando os CEOs da giants do Vale do Sílicio foram convocados a depor no Comitê antitruste do Congresso americano. Cenas que marcaram aquele momento foi o depoimento do ‘Tio Zuck’, impossível de esquecer.
Além disso, depois daqueles depoimentos nós (Web3) conseguimos vislumbrar um pouco como funciona a mente daqueles que estão por detrás dessas Big Techs e dos Governos também. Insights importantes foram tirados dali, muito desses explicamos no decorrer desse artigo. Espero que gostem e deixem seus feedbacks ao final.
- Brian | nonmaj 🏴
Escrito por: David Hoffman, co-founder da Banklesshq & COO da RealT
Traduzido, revisado e formatado pela Guilda da Escrita: DSJ, Brian | nonmaj 🏴
Em julho de 2020, líderes das grandes empresas de tecnologias do Vale do Silício foram convocadas ao Congresso americano para uma sessão de depoimentos sobre antitruste.
Jeff Bezos da Amazon, Tim Cook da Apple, Mark Zuckerberg da Meta e Sundar Pichai do Google defenderam as posições de suas empresas respectivas como apoiadoras do livre mercado e não como uma ameaça ao poder governamental.
Esta foto tirada pelo NY Times resume bem.
“A rara interrogação se desdobrou por uma sessão de aproximadamente seis horas, com legisladores do maior subcomitê antitruste da Casa armados com milhões de documentos, centenas de horas de entrevistas e em alguns casos, as mensagens antes privadas da elite do Vale do Silício. Eles disseram que mostravam que alguns no setor tecnológico se tornaram tão grandes e poderosos, ameaçando rivais, consumidores, e em alguns casos, até a própria democracia”.
“Nossos fundadores não se curvariam perante um rei. Nem deveríamos nós nos curvar perante os imperadores da economia online”, disse o Rep. David N. Cicilline (D-R.I.).
The Washington Post
Enquanto a proposta declarada de leis antitruste é proteger consumidores e apoiar o livre mercado, o subtexto escondido é garantir que nenhuma entidade privada possa concorrer com governos em seu monopólio sobre seus cidadãos.
No final, as gigantes do Vale do Silício estão “farmando” o mesmo recurso que os estados-nações antigamente tinham o monopólio: As pessoas.
Quem mais possui dados das pessoas? Google ou a CIA?
Quem tem mais informação sobre a identidade do povo? O Facebook ou O Departamento do Trabalho?
Não a toa os governos querem separar todas as empresas Web2; eles estão concorrendo pelos mesmos recursos: Nós.
Empresas Web2 enfrentam um dilema inevitável. Dado o jeito que são construído, elas devem continuar lutando por crescimento e poder. Elas precisam alcançar todos os humanos no planeta e puxá-los para as suas redes. Quando todos usam iPhones, a Apple torna-se mais poderosa. Quando estamos todos no Facebook, a Meta pode vender sua influência por um preço maior. Quanto mais usamos o Google, mais dados o Google possui.
“Expansão ou morte.”
O objetivo das empresas Web2 é exercer controle sobre a maior área possível do planeta.
Como você pode imaginar, governos não gostam disso. Governos têm que ser os manda-chuvas. Eles têm que ser os maiores bastiões da lei e da ordem social. Se não podem impôr ordem em uma entidade, então a entidade deve ser pegada pelas rédeas — ou destruída.
Esta é a Teoria do Contrato Social. Nações ocidentais são construídas em um acordo social implícito entre cidadãos e governo, como dito por filósofos da era do Iluminismo, como John Locke, Thomas Hobbes e Jean-Jacques Rousseau. Para existir dentro dos limites de uma nação, cidadãos devem entregar certos direitos ao Leviatã governamental.
Então quando você vê pessoas como Mark Zuckerberg, Tim Cook, Jack Dorsey e Sundar Pichai sendo convocadas ao Congresso para serem interrogados pelo conselho antitruste, não é necessariamente para te proteger como consumidor; é pela proteção da ordem estabelecida e seu domínio sobre nossas vidas.
O duelo triplo pela nossa soberania
Web3: Distribuindo Poder por Padrão
Em novembro de 2021, administradores do protocolo Ethereum Name Service (ENS) emitiram e distribuíram 25% do seu token de governança ENS para mais de 137 mil diferentes indivíduos, representando mais de $1.25 bilhões de dólares em valor para os usuários. Outros 25% foram distribuídos para cerca de 500 indivíduos envolvidos na criação e manutenção do sistema ENS e 50% permanece no tesouro comunitário.
Antes disso, a Uniswap fez um airdrop parecido, com 60% de seus tokens emitidos para mais de 140 mil carteiras individuais que interagiram com as aplicações da Uniswap.
Para muitos, esses parecem como distribuições simples de capital aos usuários que ajudaram a rede a crescer. E são. Mas se você lembrar do podcast da BanklessHQ com Joel Monegro, capital é poder, e como o Tio Ben nos ensinou: “Grandes poderes trazem grandes responsabilidades”.
Atualizamos pra você, Tio Ben.
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De Web2 para Web3: Uma Magnitude de Justaposição
Pense na loucura que é a justaposição entre Web2 e Web3.
A última coisa que uma empresa de tecnologia Web2 monopolística quer fazer é se separar. Estes líderes da Web2 lutarão com unhas e dentes, usar qualquer narrativa, ou contar qualquer história sobre como não têm o poder que os governos temam que elas têm. Elas querem que o governo acredite que estão totalmente ameaçadas pela disrupção dos concorrentes e em uma luta constante pelo dinheiro e pela atenção dos consumidores.
Quando, na verdade, os produtos que estes monstros da Web2 produzem ‘são’ o monopólio. Todos os produtos aumentam de valor ‘por causa’ do monopólio. Quanto mais monopolística estas empresas são, melhor seus produtos se tornam. Quebrar estas empresas em componentes ainda menores é antitético para como elas são construídas.
Assim como estados-nações, empresas Web2 tornam-se monopólios ou elas morrem.
Ao contrário, organizações Web2 são o exato oposto. Em vez de concentrar o poder no centro (onde a ira de um estado-nação pode se focar), entidades Web3 são ‘descentralização ou morte’.
E esta realidade muda o jogo completamente sobre como estas organizações são construídas. O Uniswap distribuiu 60% do seu poder apenas cerca de 3 anos depois de sua criação. O ENS distribuiu 75% do seu poder numa linha do tempo parecida.
Em vez de esperar a ira do estado-nação bater na porta, é do melhor interesse destes protocolos Web3 ‘quebrarem-se’ mais cedo do que mais tarde.
Onde empresas Web2 estão em um curso de colisão inevitável com interesses de estados-nações, organizações Web3 estão tomando a iniciativa de se descentralizar na primeira oportunidade que aparece.
Enquanto o poder central é integral ao sucesso de empresas Web2, a medida da descentralização é integral ao sucesso de aplicativos Web3.
Enquanto líderes Web2 podem ser convocados a uma sessão no congresso, DAOs na Web3 são não-corporativa.
Tanto empresas Web2 quanto Web3 melhoram seus produtos operando uma rede maior. Quanto maior a rede, mais influente a rede se torna. A diferença entre Web2 e Web3 é que redes Web3 são donas do produto.
No podcast com Chris Dixon, ele falou sobre como a combinação de corporações e redes é desalinhada fundamentalmente. Usuários sentem a miséria deste desalinhamento; todos agora sabem que este lucro-maximalista de redes sociais gera problemas na saúde mental de seus usuários.
Nesse período, os recém-descobertos tokens são o novo “ativo nativo de redes de informação”. Onde a combinação de corporações&redes é extrativa e foca na empresa em primeiro lugar, o combo de token&rede é generativo e foca no usuário em primeiro lugar.
O Imperador Não Tem Roupas
Entidades Web3 estão, de maneira proativa, fazendo as coisas que os líderes governamentais estão pedindo às empresas Web2 para fazer: separar o poder central e empurrá-lo às margens.
No nosso ponto de vista, governos deveriam adorar isto!
Existe essa tecnologia nova e disruptiva que finalmente tem os meios de concorrer com os gigantes Web2 do mundo! Finalmente! Eba! Talvez o livre mercado possa resolver nossas preocupações com o poder centralizado na Web2!
Infelizmente, esta não é a reação que você vê dos líderes governamentais. Em vez disso, você vê uma negação do conceito de descentralização e tentativas de trazer uma narrativa de ilegitimidade na indústria inteira. Programadores nas sombras!
Então, porque tantos líderes governamentais são tão hostis com cripto?
Minha resposta? Nunca foi sobre proteger consumidores, foi sobre proteger as estruturas de poder atuais. Leis antitruste impedem qualquer entidade de crescer o suficiente para ameaçar o estado-nação. Leis antitruste dizem: “Não, não pode ter monopólio. Isto ameaçaria o nosso monopólio. Então, vamos te separar se você voar perto demais do sol.”
Organizações Web3 geram as mesmas ameaças ao poder do estado-nação que empresas Web2 geram. A única diferença é que a natureza descentralizada da Web3 limita a habilidade de estados-nações para romper qualquer coisa que ameace o seu poder.
Porquê? Por quê a descentralização é resiliente, e a centralização é frágil. Estados-nações podem trazer os CEOs do Google, Facebook e Apple para o congresso, mas não podem trazer o ENS, Uniswap ou Synthetix. Eles podem trazer certas pessoas, mas o próprio produto em si é um protocolo imparável de código aberto. Já está lá fora e não há nada que alguém possa fazer para pará-lo.
Exitem dois mundos diferentes à nossa frente:
Governos vêem a Web3 executando seus ditos desejos de antitruste de inspirar o livre mercado e as proteções ao consumidor, e as deixem inovar
Governos vêem a Web3 como uma ameaça à sua habilidade de manter poder sobre sua constituência e não os trata diferentemente das empresas Web2
Lembre-se dos Primeiros Princípios
Ao longo do crescimento do cripto, eu acredito que olharemos para trás na intervenção dos governos e o veremos como um mosquito chato zunindo em nossos ouvidos. Não machuca, mas nos assusta e nos faz balançar nossos braços.
Organizações inflexíveis como governos eventualmente vão erodir contra o rio que é cripto. Como um rio, cripto tem o hábito de caminhar entre os obstáculos que encontra no caminho, logo derrubando qualquer coisa em seu caminho.
No final, o estado do mundo é decidido pelos desejos do povo que o habita, e no mundo de hoje, os desejos do povo são muito salientes.
Estes são os padrões que existem na década de 2020:
Desconfiança nas instituições atuais está maior que nunca
A disparidade de riqueza está na alta histórica
Toda a sociedade sabe o poder que as empresas Web2 têm sobre nossas vidas
O populismo é ‘pop’
Investimentos comunitários e baseados em camaradagem em ‘stonks’ para ‘combater o sistema’
Estes são os padrões que existem em organizações Web3:
Distribuir mais de 50% do controle aos usuários e à comunidade
Descentralizando o poder mais cedo em vez de mais tarde
Minimizar a concentração do poder dos fundadores
Envolvimento mínimo de Venture Capital
Organizações focadas na comunidade onde os usuários têm o poder.
A adoção da Web3 ocorrerá como uma reação ao monopólio da Web2 e dos governos. A Web3 está chegando a tempo para nos livrar dos perigos dos sistemas de organização antigos que as gerações antigas criaram.
E ainda bem, porque não sei como resolveríamos esses problemas de outra maneira. Problemas globais exigem soluções globais.
A Web3 vai vencer por uma razão simples: ela dá ao povo o que eles querem.
Saibam eles ou não, o povo do mundo quer a Web3.
Vamos trazê-la a eles 🚀
🙏 Agradecimentos ao nosso patrocinador
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Post Original: Web3 will win
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