Um novo modelo de sociedade | Metaverso
Acompanhe o nascimento de uma nova DAO brasileira.
Prezada Nação Bankless,
A jornada rumo ao oeste é uma alegoria de aventura sobre desbravar um território inexplorado, em fronteiras desconhecidas, por caminhos incertos. Falamos muito disso aqui.
Gosto muito da frase: “na febre do ouro, ficaram ricos os vendedores de picaretas”.
Para mim, a parte mais legal dessa metáfora que usamos é a corrida do ouro. Não apenas no frenesi alimentado pelo sonho de ganhos fáceis, mas pelas inevitáveis comparações que surgiram durante esses movimentos: melhorias nas redes de transporte, meios de comunicação, reconfiguração de sistemas monetários e, claro, oportunidades abundantes de negócios.
Os verdadeiros construtores daquele novo mundo não foram seduzidos por um brilho dourado e reluzente. Aliás, o “ouro do tolo” — tanto do Raul Seixas quanto dos alquimistas da Idade Média — também tem muito a ver com nosso papo aqui. Qualquer tecnologia avançada o suficiente pode ser encarada como mágica aos olhos do leigo.
“Eu devia estar contente
Porque eu tenho um emprego
Sou o dito cidadão respeitável
E ganho quatro mil cruzeiros por mês”
Por isso é uma grande satisfação apresentar para comunidade Bankless mais um grupo de ávidos construtores de infraestrutura. DUX Cripto é uma empresa brasileira que encara bravamente um processo de descentralização e tokenização para transformação de seu modelo de negócio em uma DAO.
Consolidada como um dos players mais importantes no cenário nacional e referência para jogos P2E (play-2-earn), a DUX Cripto embarcou muitos brasileiros na Web3 através de scholarships de games como Axie Infinity (e outros), abrindo oportunidades de distribuição de renda na blockchain para centenas de jogadores.
Agora a DUX DAO encara algo muito maior ao migrar suas operações para um paradigma de descentralização, desenvolvendo infraestrutura tecnológica para suprir carências do mercado de blockchain games e empoderando as suas comunidades a se tornarem autônomas através do lançamento do seu próprio token.
Acompanhe conosco a DUX e o nascimento de uma nova DAO brasileira!
“Eu tenho uma porção
De coisas grandes pra conquistar
E eu não posso ficar aí parado”- Raul Seixas, Ouro de Tolo (1973)
- Danko
A DUX é uma porta de entrada para a Web 3, com scholarships em jogos P2E, conteúdo de análise gráfica, cursos educativos, lives no Twitch, Instagram, notícias e informações. Conheça a DUX pelo servidor do Discord e faça parte do Projeto DUX Builders.
Um novo modelo de sociedade
Autor: Diogo Fontes (DUX)
Caso este seja seu primeiro contato com a terminologia DAO, registre mentalmente essas três letras e saiba que elas têm potencial para transformar sua vida em pouquíssimo espaço de tempo. Esclareça-se que não nos referimos à filosofia oriental fundada por Lao Tsé — o Daoísmo —, mas ao acrônimo que comprime a expressão Decentralized Autonomous Organization, ou Organização Descentralizada e Autônoma.
Apesar do tom apelativo que propositalmente adotamos nos caracteres iniciais do artigo, os futuros impactos que podem advir da implementação das DAOs, de fato, são monumentais e capazes de transformar de forma profunda, não apenas nossa existência como indivíduos, mas as bases constituintes da nossa sociedade: cultura, política, negócios, finanças e, em amplo escopo, todos os diversos matizes que abarcam as relações humanas.
O universo dos criptoativos, de forma equivocada, ainda concentra crenças imediatistas de curtíssimo prazo e transações que visam lucros especulativos. Mais do que apenas a disseminação de uma cultura de investimento frívola e destituída de fundamentos, esse comportamento ofusca a visualização de tendências emergentes e o desenvolvimento de novas tecnologias que, sob um olhar mais atento, são aquilo que há de mais empolgante no mercado. Neste exato momento, as mentes mais brilhantes do nosso tempo estão debruçadas sobre as possíveis disrupções que podem ser desencadeadas a partir da arquitetura blockchain e da web 3 e nós, como entusiastas convictos de tudo que se refere à inovação, devemos repetir como quem emana diuturnamente um mesmo mantra: cripto é sobre tecnologia e não sobre trade.
Conforme vem sendo extensamente discutido por 10 em cada 10 grupos de especialistas, estamos posicionados no limiar de um embarque maciço de novos usuários e — porquê não dizer — do prenúncio de uma adoção mainstream; naquilo que corresponderia à quinta onda de adotantes. Nesse sentido, dando um passo lateral estratégico para observar o mercado com distanciamento destituído de passionalidade, é possível conjecturar com boa dose de assertividade que, após o boom dos projetos de DeFi, do hype dos NFTs e da proliferação dos projetos de games P2E, a nova grande revolução promovida pelas tecnologias derivadas da blockchain será conduzida pelo processo ativo de descentralização das organizações — leia-se especificamente DAOs.
Ainda que a terminologia permaneça circunscrita a alguns poucos especialistas e entusiastas no Brasil, em outros países as discussões acerca dos impactos e repercussões das DAOs encontram-se bastante mais capilarizadas, frementes e maduras. Esses debates, no entanto, não se filiam apenas ao campo das ideias e aos auditórios acadêmicos. Cada vez mais, temos testemunhado o desenvolvimento de recursos e ferramentas tecnológicas que auxiliam na implementação desses novos modelos de negócios e estimulam o surgimento de um número expressivo de novas organizações alinhadas a esses princípios. Friends with Benefits, Bankless DAO, DAO Maker, Constitution DAO, Uniswap DAO, são alguns exemplos de um ecossistema que se expande exponencialmente.
Para que não fiquemos restritos à seara do mero futurismo ou das hipóteses destituídas de tangibilização, pensemos na forma em que grande parte das empresas se organizam institucionalmente nos dias de hoje: estruturas altamente hierarquizadas, verticais, com cadeias decisórias top down, em que o board diretor define estratégias e os colaboradores, compulsoriamente e sem qualquer poder argumentativo, executam. Esse paradigma não reflete apenas o modelo organizacional das empresas, mas espalha-se pelos mais distintos exemplos da sociedade: nossas escolas emulam essa mesma arquitetura piramidal, as instituições públicas são compostas a partir do mesmo modelo, igrejas, condomínios, agremiações, restaurantes, todas as nossas decisões são tomadas tendo como base um organograma hierárquico altamente verticalizado. As DAOs propõem uma nova arquitetura organizacional que não é formatada nem de baixo pra cima, nem de cima pra baixo, mas rompe com essa modelagem bidimensional derivada do mais vetusto cartesianismo.
As organizações do futuro serão redes colaborativas, rizomáticas, dotadas de governança partilhada e processos de tomada de decisão coletivos, difundidos entre todos os membros que compõem aquela comunidade. Nesse contexto, usuários de uma rede social, acionistas minoritários de uma fintech, membros de um coletivo de profissionais de publicidade, motoristas de aplicativos, bem como seguidores de qualquer grande influenciador exercerão influência determinante no roadmap tático e estratégico das instituições que fazem parte.
Essa perspectiva de colaboração e compartilhamento de decisões entre múltiplos stakeholders, apesar de não ser inédita no mundo corporativo — haja visto modelos de gestão auto-organizados como as holacracias e sociocracias — adquire através da blockchain um imenso potencial de escalonamento. Além disso, todos os mecanismos tecnológicos que têm sido desenvolvidos para atender às demandas oriundas das DAOs criam um cabedal de possibilidades muito mais vasto do que anteriormente se supunha possível. Mais do que cooperativismo, vislumbra-se a instituição do conceito de colaborativismo, onde as comunidades, em breve, serão as novas empresas.
Duas empresas brasileiras, a Dux — uma das maiores cias de blockchain games da América Latina, que emprega o poder da web 3 para gerar grandes transformações socioeconômicas em países em desenvolvimento; e a Moss, uma das maiores plataformas ambientais do mundo, que utiliza a tecnologia para preservar o meio ambiente — são exemplos majoritários e contributivos desse ecossistema de DAOs. A Dux, inclusive, auxilia marcas, influenciadores, empresas, games a darem os primeiros passos no processo de descentralização de suas operações internas, na demarcação de um posicionamento distintivo no metaverso e na criação de um novo tipo de relacionamento com suas comunidades e clientes tendo como base os paradigmas das DAOs.
Em meio à euforia que decorre da conquista de um novo campo de possibilidades, quase como uma criança diante de um brinquedo recém desembrulhado sob os galhos hirsutos da árvore de natal, há de se ter cautela com as implicações potencialmente nocivas ainda pouco aventadas pelos grupos de entusiastas. Em um mundo de organizações totalmente descentralizadas, devemos questionar: a quem atribuiríamos responsabilidade caso nos sentíssemos lesados por um serviço mal prestado? Contra quem — ou o quê — lutaríamos em um futuro onde as lideranças políticas estariam diluídas em um oceano de anonimato? Para qual direção iremos cambalear diante da encruzilhada que aparta a distopia da utopia?
De qualquer forma, à parte as interrogações que permanecem desguarnecidas de respostas, guardem no canto mais precioso da memória essas três letras, D-A-O. Nosso futuro — não apenas como indivíduos, mas como sociedade — parece estar intimamente conectado a essa diminuta terminologia que nada tem a ver com os ensinamentos de Lao Tsé.
Bankless BR 🤝 Web3Dev
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