Prezada Nação Bankless,
O sol pode ser patenteado?
Eliana Zagui morou 45 anos no Hospital das Clínicas de São Paulo (HC). Internada na UTI ela foi alfabetizada, aprendeu a pintar e usar o computador apenas com a boca. Tetraplégica por decorrência de poliomielite, Zagui, foi diagnosticada com apenas 1 ano e 9 meses. Levada ao HC, ela passou pelo tratamento existente na época chamado “pulmão de aço”. Uma espécie de cápsula de aço que estimulava o diafragma auxiliar na respiração. Infelizmente, o tratamento não teve sucesso. Eliana é a única sobrevivente do surto de poliomielite da década de 70, mas ainda carrega as consequências de uma doença que atingiu milhões de pessoas no mundo todo.
A pólio, ou, paralisia infantil, como é mais conhecida, fez muitas vítimas desde a antiguidade, mas apenas no final do século XIX foi estudada de forma significativa. No Brasil, os primeiros casos foram registrados em 1911 e, a partir daí, o país teve diversos surtos. Na década de 80, o Brasil iniciou uma grande campanha de vacinação contra a poliomielite e desde 1989 não registramos mais nenhum caso.
Nota: infelizmente, no momento em que escrevo esse artigo, surgiu a notícia de que foi detectado uma criança com o vírus no estado do Pará.
Isso só foi possível porque um cientista americano, Jonas Salk, iniciou os estudos para o desenvolvimento de uma vacina em 1954. No dia 12 de abril de 1955 foi anunciada ao mundo a descoberta da primeira vacina contra poliomielite. Em uma entrevista na televisão, o jornalista perguntou a Salk a quem pertencia a patente. “Bem, eu diria que às pessoas. Não há patente. O sol pode ser patenteado?”, respondeu Jonas.
Jonas Salk, criador da vacina contra Poliomielite.
Ele poderia ter ficado milionário com sua descoberta, mas decidiu doar seu trabalho ao mundo para que milhões de vidas fossem salvas. A atitude de Salk aponta em direção a um conceito chamado Public Goods, traduzido como “bem público”, mas também conhecido como bem social ou bem coletivo. A ideia é tornar público tudo aquilo que tem valor e importância para uma sociedade, eliminando a barreira de acesso e promovendo o uso coletivo.
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Se não é justo patentear o sol, como acreditava Jonas Salk, porque faríamos isso com o que acreditamos ser parte de uma revolução cripto.
Junte-se a nós e seja Bankless.
JowJow
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Putz!!! Que artigo, que simplicidade e clareza, parabéns, parabéns 🎉
“nossa visão é de viver em um mundo onde qualquer pessoa, com acesso à internet, tenha as ferramentas necessárias para atingir a independência financeira”.
Se não é justo patentear o sol, como acreditava Jonas Salk, porque faríamos isso com o que acreditamos ser parte de uma revolução cripto.
Ao infinito e além! Parabéns Bankless BR !!!
Essa Revolução torna-se mais justa com essa premissa! 💪🏻❤️🔥