O Amadurecimento do SocialFi: Solucionando Primeiro a Experiência do Usuário, Depois o DeFi

As plataformas de SocialFi podem se beneficiar muito ao combinar elementos da web2 e web3, enquanto integram recursos DeFi que são menos uma barreira técnica e mais um complemento de recursos.

Prezada Nação Bankless,

No artigo de hoje, apresentamos a tradução do artigo SocialFi’s coming of age: Solving for user experience, then DeFi,de autoria de Dave Catudal, originalmente publicado em The Defiant.

O Amadurecimento do SocialFi: Solucionando Primeiro a Experiência do Usuário, Depois o DeFi

As plataformas de SocialFi podem se beneficiar muito ao combinar elementos da web2 e web3, enquanto integram recursos DeFi que são menos uma barreira técnica e mais um complemento de recursos.

Estamos nos aproximando rapidamente de uma economia de criadores e freelancers trilionária

Sim, Trilhão, com T.

Com os avanços nos produtos tecnológicos de consumo e a crescente demanda por oportunidades de ganho digital por parte das massas, estamos entrando em uma nova era emocionante. Este é o início do ciclo mais empolgante na história inicial do SocialFi.

Trabalhos paralelos, trabalho remoto, branding pessoal e monetização de paixões não são novidade. As mídias sociais tradicionais abriram novas portas para essas oportunidades há mais de duas décadas. No entanto, com a economia de criadores e freelancers agora superando os setores laborais tradicionais em escolha de carreira e demanda de emprego, as plataformas sociais estão correndo para aumentar seu foco em oportunidades de monetização.

Mas as plataformas das Big Tech estão ficando para trás.

A plataforma do futuro é aquela que garante que não apenas os criadores sejam recompensados de forma justa por suas contribuições de conteúdo, mas também os participantes do ecossistema– os espectadores e todos aqueles que se envolvem e apoiam o conteúdo que permite que as plataformas prosperem. É aqui que as plataformas web3 tokenizadas têm a maior oportunidade.

No entanto, apesar do que o DeFi promete, a maioria dos criadores e usuários continua a gastar tempo nas plataformas de mídias sociais tradicionais. As razões são muitas: UX intuitiva, pagamentos em moeda fiduciária familiar, uma sensação gratificante de dopamina e uma conexão com a vida glamurosa retratada online.

Infelizmente, a insistência da web3 em uma abordagem que prioriza a tecnologia e depois a experiencia, "tecnologia em primeiro lugar, experiência em segundo", erra o alvo em atrair as massas e converter influenciadores da web2 para se tornarem usuários da web3. A proposta de valor atual da web3 é a promessa de controle descentralizado sobre suas criações e oportunidades diversificadas de monetização para criadores e seus seguidores. Isso soa bem na teoria, mas a maioria dos criadores estabelecidos tem dificuldade em ver o valor nessa oferta, especialmente considerando o processo de integração relativamente complicado, que exige carteiras de criptomoedas, e a experiência de usuário desconhecida da maioria das plataformas sociais habilitadas para DeFi.

O acesso baseado em tokens é visto como a resposta da web3 ao controle das Big Tech sobre os ganhos dos criadores, permitindo staking, governança e a formação de comunidades unidas. Embora isso seja uma grande oportunidade para os usuários cripto-nativos, é um processo intimidante e com uma curva de aprendizado íngreme para os demais. As plataformas de SocialFi precisam competir não apenas entre si, mas também com o status quo. Lutar pela adoção de usuários nesse ambiente pode parecer assustador, e a próxima onda de SocialFi precisará inverter essa equação e colocar a "facilidade de uso" antes da "tecnologia revolucionária" para ganhar participação de mercado da base de usuários atual das Big Tech.

O SocialFi precisa desfazer os mitos sobre a má experiencia do usuário

No cerne do desafio ao status quo tradicional está a necessidade de abandonar o pensamento rígido de que o SocialFi precisa ser totalmente baseado em blockchain. Não precisa. As massas não se importam com a tecnologia que uma plataforma usa, elas se importam com conveniência e experiência. Elas querem facilidade, não revolução.

É verdade que os elementos críticos do SocialFi, como o uso de tokens, são em última análise uma tecnologia on-chain. No entanto, do ponto de vista utilitário, é apenas mais um meio de monetização. Enquanto a infraestrutura e a tecnologia podem estar evoluindo rapidamente, a inovação na maneira como os usuários interagem com essas plataformas não está.

Não há como negar que a falta de interoperabilidade, escalabilidade e restrições de lojas de aplicativos limita as opções dos desenvolvedores que constroem para o SocialFi ao tentar atrair as massas. O resultado é um ecossistema fragmentado onde nem criadores nem usuários encontram produtos que entreguem valor real a longo prazo. A repentina ascensão e estagnação de plataformas como Friend.Tech reforçam esse argumento.

Por outro lado, agora estamos vendo certas plataformas web3 terem sucesso, especialmente aquelas que se afastaram de palavras-chave usadas demais e desgastadas como NFTs, Metaverso e elementos especulativos de GameFi.

O protocolo Farcaster é um ótimo exemplo. Farcaster é uma tecnologia blockchain dedicada a redes sociais descentralizadas, que se concentra no engajamento do usuário enquanto discretamente incorpora recursos cripto. Inteligente. Seu recurso Frames – que permite navegação interoperável do usuário entre plataformas on-chain – é semelhante à conveniência de uma experiência de comércio social multiplataforma oferecida pela web2. Outras plataformas de SocialFi que são totalmente web3 precisarão implementar suas próprias versões de recursos que facilitam uma experiência de usuário contínua e intuitiva se quiserem atrair o público em geral. Afinal, somente depois que a integração estiver completa é que os usuários se importarão com as funções DeFi. Nunca o contrário.

Esta é uma extensão natural de como nossas mentes funcionam na era do comércio de hoje. Os criadores estão sempre procurando maneiras de expandir seu alcance e ampliar seu potencial de ganho digital. Apesar do foco da web3 em tokenização e construção de comunidades, a mídia social tradicional continua sendo a OG e vencedora em ajudar os criadores a romper novas barreiras expandindo suas redes, levando assim a maiores oportunidades de monetização. Neste caso, estamos vendo que facilidade e familiaridade são fundamentais para a fidelização e satisfação do usuário.

Embora as armadilhas das Big Tech em relação à monetização sejam visíveis para todos, a realidade da inércia de adoção de usuários da web3 é muitas vezes difícil de ignorar, a menos que a vantagem seja realmente compensadora. Portanto, qualquer mudança para plataformas DeFi precisará garantir uma vantagem significativa para criadores e usuários, incluindo uma experiência de usuário intuitiva e familiar e altos níveis de engajamento e oportunidades de monetização.

Para começar, as plataformas de SocialFi podem se beneficiar muito ao combinar elementos da web2 e web3, integrando recursos DeFi (como a tokenização) que sejam menos uma barreira técnica e mais um complemento de recursos. Isso é essencial para desbloquear o valor econômico do SocialFi e tornar essas plataformas atraentes para as massas. Além disso, a narrativa de desenvolvimento deve buscar expressar facilidade de uso, juntamente com a solução de baixos custos de transação e pagamentos internacionais em tempo real. Caso contrário, promover os recursos da web3 por si só agrega pouco valor da perspectiva do usuário.

Como tudo na web3, o SocialFi também tem potencial para se tornar uma ponte entre dois mundos. A utilidade do DeFi deve ser uma constante aqui, e não uma exceção, e o foco precisa permanecer na criação de um fluxo de comércio e um equilíbrio entre tecnologia inovadora e UX intuitiva. Os tokens e as negociações virão de forma orgânica, e desta vez, com uma maior garantia de sucesso e retenção de usuários.

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