De Tolkien à Web3: Estamos criando uma realidade fantástica?!
Embora J.R.R. Tolkien tenha escrito seus livros sem co-autores, seria muita pretensão imaginar que “ninguém” o auxiliou a criar tantos mundos fantásticos.
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Prezada Nação Bankless,
Neste ano de 2022 está sendo lembrado os 130 anos de nascimento do filósofo e professor inglês John Ronald Reuel Tolkien (1892-1973), talvez você não esteja ligando o nome à pessoa, mas estamos falando do escritor de livros como: O Silmarillion, O Hobbit e O Senhor dos Anéis, sua obra mais conhecida.
J.R.R Tolkien é reconhecido como sendo o pai da literatura fantástica, suas obras deram origem aos primeiros RPGs, e foram inspiração para a criação dos modernos games de ficção e aventura. Elas também influenciaram a indústria da música, a banda inglesa Led Zeppelin, por exemplo, faz menção ao universo do Senhor dos Anéis em músicas como Ramble On, Misty Mountain Hop e The Battle of Evermore, outras bandas e estilos também se utilizam de referências do universo tolkeniano.
Tolkien também inspirou toda uma geração de escritores e obras, como George R.R Martin (As Crônicas de Gelo e Fogo) e J.K. Rowling (Harry Potter), que já declarou abertamente: “Penso que, se deixarmos de lado, que os livros falam de dragões, varinhas mágicas e magos, os livros de Harry Potter são muito diferentes, especialmente no tom. Tolkien criou toda uma mitologia. Não penso que alguém possa dizer que eu tenha feito isso.”
De fato, muito mais do que histórias envolventes, tramas complexas e personagens cativantes, J.R.R. Tolkien entregou ao mundo todo um universo mitológico, complexo e intrincado onde cada mundo possui seu lugar e sua própria vida dentro da trama e seria muita pretensão acreditar que suas histórias simplesmente brotaram espontaneamente de sua mente. Suas vivências, sua história de vida, suas relações pessoais, possuem um papel determinante na construção do ser humano, na sua capacidade de engendrar tais obras fabulosas, assim ao observarmos sua biografia notamos elementos como: um interesse e facilidade natural para o estudo de línguas - o que o levou a desenvolver a linguagem própria de seus personagens; o fato de ter morado no meio urbano e rural e que segundo o próprio autor facilitou a ele desenvolver o “habitat” dos Hobbits; seu interesse em formar e participar de diversas sociedades literárias; o que quero dizer é que em grande parte mesmo criações individuais possuem um componente coletivo, uma construção que pode ser atribuída ao meio em que se vive.
E hoje, 130 anos após seu nascimento, estamos à beira de uma nova era.
Estamos vivendo e ajudando a criar uma nova sociedade baseada na confiança.
Uma sociedade web3, tokenizada, autônoma e descentralizada, que toma forma, e aos olhos de quem está de fora talvez pareça tão fantástica quanto o universo de Tolkien.
Alguém mais observa como eu, a presença de tantos elementos, encontros, reunião de pessoas e forças que se estimulam, se reinventam, formam uma obra única maior do que a soma individual de seus conhecimentos, assim como na obra de Tolkien?!
Talvez Satoshi Nakamoto queria somente resolver o problema do gasto duplo, muito provavelmente ele não imaginava, naquela época, os rumos, desdobramentos e possibilidades que sua tecnologia tomaria.
A tecnologia sem dúvida é um instrumento, uma ferramenta fantástica, mas sem a força e inspiração da comunidade, ela não consegue tomar forma. Isso que vemos na web3, a comunidade, os interesses em comum, é que juntamente com a tecnologia, são capazes de grandes transformações.
A trilogia Senhor dos Anéis levou 12 anos para ser construída e mais 5 anos para ser publicada, para então começar a alcançar o sucesso e reconhecimento que tem hoje. Da mesma maneira estamos no amanhecer de uma nova era, estamos construindo a web3, através de tokenomics, creators economy, metaverso e DAOs.
A BanklessBR, a primeira DAO brasileira, através de sua comunidade está constantemente em busca de novos caminhos e soluções para atingir o seu propósito, através da descentralização e do empoderamento de seus membros e participantes. Lembrando o manifesto da BanklessBR DAO, “nossa visão é de viver em um mundo onde qualquer pessoa, com acesso a internet, tenha as ferramentas necessárias para atingir a independência financeira” e através de valores como a cultura; a tranparência; a descentralização e a educação queremos chegar a meta de 100 milhões de falantes da língua portuguesa com acesso a estas tecnologias até 2041.
Sim, é uma missão grandiosa e é com orgulho que estamos anunciando que a BanklessBR é uma DAO public goods, ou seja, nosso conteúdo educacional é totalmente aberto e gratuito, é um bem público, acessível a todos os membros, participantes e visitantes. Mas para isso acontecer tivemos que passar por etapas onde de alguma maneira alguns conteúdos foram monetizados para poderem subsidiar a manutenção da DAO, foram estratégias então necessárias e somos imensamente gratos por muitas pessoas terem nos apoiado nessa fase e essas pessoas podem ter a satisfação de se sentirem relevantes e importantes no crescimento dessa DAO, e que sem elas não poderíamos agora estar nessa posição de alcançar mais pessoas e disseminar mais conhecimento.
Os caminhos trilhados até ontem fizeram o sucesso que temos hoje, mas para continuarmos crescendo sempre novas propostas e inovações devem surgir e a gratidão é uma constante para quem de alguma maneira participa dessa história.
Assim como J.R.R. Tolkien, nossa saga está somente no início, não sabemos nem quando e nem onde vamos chegar, mas temos a satisfação de seguirmos juntos e temos a certeza de estarmos bem acompanhados nessa jornada.
Marcus Tatsch.
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“Talvez Satoshi Nakamoto queria somente resolver o problema do gasto duplo, muito provavelmente ele não imaginava, naquela época, os rumos, desdobramentos e possibilidades que sua tecnologia tomaria.” Destaquei esse trecho, mas poderia destacar muitos outros. Que baita texto, Marcus! Parabéns, de um outro grande fã de Tolkien e ~construtor do metaverso~ 👊🏻😊🏴
MUITO bom!